sábado, 20 de outubro de 2012
Indígenas começam a deixar canteiro de obras de Belo Monte
FÁTIMA LESSA, ESPECIAL PARA O ESTADO / CUIABÁ - O Estado de S.Paulo
Depois de mais de quatro horas de reunião, a empresa Norte Energia concordou em atender a pauta dos índios acampados desde o dia 8 de outubro na ensecadeira do sítio Pimental, um dos canteiros de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. As lideranças indígenas comprometeram-se a deixar o local a partir de hoje. O próximo passo será definir datas para o atendimento das reivindicações.
A reunião presidida pelo procurador da Fundação Nacional do Índio (Funai), Leandro Santos da Guarda, foi determinada pelo juiz federal de Altamira, Marcelo Honoratto, como possibilidade de saída pacífica dos manifestantes do sítio, em ação de reintegração de posse da Norte Energia.
Os indígenas pedem, entre outras coisas: demarcação das terras indígenas de acordo com o previsto nas condicionantes do licenciamento de Belo Monte; monitoramento territorial; infraestrutura e saneamento básico para as comunidades indígenas; construção de escolas com ensino diferenciado nas comunidades indígenas; postos de vigilância para as comunidades; pistas de pouso, farmácias, e estruturação das associações das comunidades indígenas.
Devido à extensa pauta dos indígenas, a dos pescadores e pequenos agricultores será discutida hoje, em Altamira.
Financiamento. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 1,8 bilhão para a construção de linha de transmissão e duas subestações que vão conectar a energia gerada pelas usinas do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Os recursos destinam-se à Sociedade de Propósito Específico (SPE) Interligação Elétrica do Madeira, constituída pela Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista, Companhia Hidro Elétrica do São Francisco e por Furnas.
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