sexta-feira, 16 de abril de 2010

BELO MONTE : DUELO NA JUSTIÇA

Por Reuters, reuters.com, Atualizado: 15/4/2010 20:56
Governo recorre para retomada de leilão de Belo Monte

SÃO PAULO (Reuters) - A Advocacia Geral da União (AGU) recorreu nesta quinta-feira contra a liminar que suspendeu na quarta-feira o leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte, marcado para o próximo dia 20.

Segundo a assessoria de imprensa da AGU, o recurso foi despachado diretamente no Tribunal Regional Federal da 1a Região, em Brasília.

A expectativa, segundo comunicado do advogado-geral da União, Luís Adams, é que "o presidente do tribunal decida ainda nesta quinta-feira" o recurso que tenta derrubar a liminar concedida na quarta-feira pelo juiz federal Antonio Carlos Almeida Campelo, da subseção de Altamira, no Pará.

Na semana passada, o MPF do Pará abriu simultaneamente duas ações civis públicas contra o licenciamento ambiental que liberou a construção da usina hidrelétrica.

O MPF sustenta que a "construção do empreendimento violaria vários dispositivos da legislação ambiental, inclusive a falta de dados científicos conclusivos". Há ainda outra ação interposta pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), pedindo a suspensão do leilão pelo mesmo motivo da decisão que resultou na liminar de quarta-feira.

Na sexta-feira termina o prazo para inscrição e aporte de garantias para os interessados em participar do leilão de Belo Monte.

Fonte do Ministério das Minas e Energia que preferiu não se identificar afirmou que dois consórcios confirmaram participação, mesmo com a desistência, na semana passada, do grupo da Camargo Corrêa e da Odebrecht.

O primeiro grupo confirmado é formado por Andrade Gutierrez, Neoenergia, Votorantim e Vale. O segundo grupo não confirma a sua configuração, mas as empresas Queiroz Galvão, Serveng, OAS e Alupar confirmaram interesse em participar do leilão, enquanto o Grupo Bertin diz que tem estudado opções de investimento na área de energia.

"Se não houver dois participantes, o leilão deve ser adiado. Seria muito feio um leilão com um participante e com energia vendida pelo preço-teto", disse o analista do setor elétrico Walter De Vito, da Tendências Consultoria.

"Geralmente liminares caem rápido. Até a saída das duas construtoras na semana passada parecia que seria um leilão tradicional, mas o anúncio de saída colocou um ponto de interrogação no processo", afirma.

A usina hidrelétrica de Belo Monte, que deverá ser a terceira maior do mundo, atrás da binacional Itaipu e da chinesa Três Gargantas, tem investimentos previstos de 19 bilhões de reais e o preço-teto por megawatt-hora é de 83 reais. Vence o leilão quem oferecer o maior deságio.

O empreendimento tem entrada de operação prevista para 2015 (1a fase) e 2019 (2a fase), e terá capacidade instalada de 11 mil megawatts, com garantia física de 4.571 megawatts médios.

(Por Alberto Alerigi Jr., com reportagem adicional de Carolina Marcondes e Denise Luna)

Um comentário:

Anônimo disse...

Laura Batistello 2r05-tarde

Professor Marcelino super interessante esse seu blog,gostei muito do senhor colocar em discussão para os alunos o assunto da hidrelétrica de Belo Monte,esse assunto tem que ser discutido nao so com os adultos,mas sim com os adolecentes porque se algo der errado,e se existir consequencia seremos nós,adolecentes,que "pagaremos" o preço!eu mesma sou contra!pois está na cara que o avanço será para a classe mais rica,porem as pessoas de baixa renda aumentarão cada vez mais,pois quem nao tem "estudo"ficará desempregado!